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MAINE COON GIGANTE CONSAGRADO

Não é novidade, mas vale ressaltar: ele é um dos poucos gatos domésticos gigantes. Os machos não castrados geralmente pesam de 7 a 12 quilos, mas às vezes ultrapassam os 13. Para efeitos comparativos, os varões da raça Persa ficam na faixa dos 4 a 7 quilos. Em gigantismo, o Maine Coon também vem se estabelecendo como um dos gatos mais populares da criação organizada. Reconhecido oficialmente por todos os órgãos de peso da gatofilia mundial, está entre as dez raças mais registradas na Grã-Bretanha e França.
Nos Estados Unidos, seu país de origem, aparece no topo do ranking de nascimentos nas duas maiores entidades do segmento: a Cat Fanciers' Association (CFA) e a The International Cat Association (Tica). Na primeira, ocupa a 2ª colocação, com 4.385 filhotes nascidos e contabilizados em 2003. Na segunda, nesse mesmo ano, fica em 3º lugar, com 2 mil exemplares.

No Brasil, as associações felinas não divulgam seus registros de forma sistemática, o que impede que se verifique a situação real da raça. E, embora sua consagração não chegue perto da alcançada nas gatofilias mais avançadas, não há dúvida que ela vem ganhando espaço. Introduzido no nosso país em 1994 pelo casal de criadores Martha da Rosa Zenker e Natanael Lopes, de Monte Negro, RS, o Maine Coon permaneceu entre os gatos raros em solo nacional por vários anos. Em 1998, só havia notícia de seis criadores na ativa.
Hoje são pelo menos cerca de 20. “Cada vez se vêem mais exemplares em exposições e mais pessoas familiarizadas com a raça”, comenta o criador Leandro Alves, do Gatil Osiris, de Porto Alegre.

ORIGEM

Considerado uma das mais antigas raças felinas norte-americanas, o Maine Coon, como o nome sugere, desenvolveu-se no Estado do Maine. O termo coon vem do inglês racoon (guaxinim).
Motivo: esse mamífero silvestre apresenta o mesmo tipo de cauda – longa e com pelos esvoaçantes – do Maine Coon, assim como ostenta coloração listrada marrom e preta, a mais comum dessa raça felina. Tal semelhança chegou a gerar a crença , biologicamente inviável, de que o Maine Coon descenderia diretamente do acasalamento de gatos domésticos e semi-selvagens com guaxinins. No campo do possível, a teoria mais aceita sobre sua origem defende que a raça se formou a partir da mistura de gatos de pêlo curto sem raça definida que viviam no Maine com gatos domésticos de pêlo longo levados à região por estrangeiros. A primeira menção à raça na bibliografia especializada data de 1861.
E já nas primeiras exposições de Boston e Nova Iorque, realizadas no fim do século 19, os Maine Coons eram competidores freqüentes. Na CFA, fundada em 1908, exemplares da raça aparecem no primeiro livro de registros da entidade. O fato é que o Maine Coon foi prestigiado e bastante popular no início da gatofilia. Mas, a partir do início do século 20, perdeu terreno para o Persa. Foi deixado de lado de tal forma que nos anos 50 praticamente desapareceu da criação organizada.
A raça só retomou o fôlego a partir dessa fase, quando alguns criadores se empenharam em reavivá-la. Fundaram clubes especializados, promoveram exposições e, pouco a pouco, conseguiram reintroduzir o Maine Coon na gatofilia. Em 1976, a CFA passou a aceitá-lo na classe campeonato, a mais avançada no processo de reconhecimento racial. Daí em diante, foi galgando novamente os degraus da popularidade até chegar ao estágio atual de grande sucesso.

RETRATO

Embora o maior diferencial físico da raça seja o tamanho avantajado, a farta pelagem semilonga também chama a atenção. Além da juba e da cauda franjada, o tufo de pêlos na ponta das orelhas, lembrando um Lince, é uma de suas marcas registradas. E apesar do visual superpeludo os criadores asseguram: é fácil manter esse gato bonito e sem nós. “Uma escovação por semana é o bastante”, afirma a criadora Zillah Ayala, do gatil Curumin, de Porto Alegre. Além disso, o Maine Coon existe em diversas colorações.
A mais conhecida é a chamada brown tabby (listrado de marrom com preto), mas há muitas outras. “Os exemplares inteiramente pretos ou brancos estão entre os mais raros e são lindos nessas cores”, comenta a criadora norte-americana Rebecca Carrion, da Virgínia.

Bastante participativos, os Maine Coons são de seguir as pessoas pela casa e gostam de observá-las em seus afazeres. “Se estou no computador, todos eles ficam ao meu lado me vendo trabalhar”, ilustra a presidente do Maine Coon Breeders & Fanciers Association, Lynne Sherer, do Tennessee, EUA. Ainda que optem por perambular atrás dos donos e apreciem brincadeiras em geral, fazem mais o estilo pacato que ativo. Também não miam demais. “Gostam de ‘conversar' com os donos e possuem diferentes tipos de miados, mas não são miadores compulsivos como Siameses e Bengals”, avalia Lynne. Quanto à sociabilidade, embora haja relatos de exemplares machos não castrados vivendo bem, são comuns os conflitos. “O melhor é só manter dois machos no mesmo recinto caso tenham crescido juntos”, aconselha. O mesmo vale para a relação com cães e outros animais, como aves e roedores.

O MAINE COON IDEAL


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