RAGDOLL
O GENTIL GIGANTE DA GATOFILIA


Seu visual impressiona: olhos azuis, pêlos ultra-sedosos e semilongos, tamanho avantajado. O Ragdoll faz parte do pequeno grupo das raças felinas gigantes.
Os machos não castrados pesam de 6 a 10 quilos, contra 4 a 7 dos conhecidos Persas.
Juntem-se a isso as bonitas marcações de pelagem: ponteada, que se caracteriza pelas extremidades do corpo mais escuras que o restante, mitted, cuja principal marca registrada são o queixo e os quatro pés brancos, e bicolor, que mescla branco com outra coloração e deve apresentar um peculiar desenho em forma de "V" invertido entre os olhos.
O conjunto dessas características faz da raça uma opção singular entre os demais gatos gigantes, a exemplo de Maine Coons, Norwegian Forests e Siberians.
Ela é a única que em nada se assemelha ao aspecto selvagem tão característico deles e marcado por pelagens rajadas e olhos escuros ou verdes.
"A aparência do Ragdoll está mais para bicho de pelúcia que para gato do mato", define a criadora norte-americana Sharon Steadman, presidente do Texas Ragdoll Connection

POPULARIDADE


Não há dúvida que o visual apelativo da raça é o grande impulsionador de seu crescente sucesso. Na maior gatofilia do mundo,
a dos Estados Unidos, sua ascensão já a coloca em 2 o lugar no ranking anual de nascimentos de todas as raças da The International Cat Association (Tica),
a segunda entidade mais importante do país.
Na principal delas, a Cat Fanciers' Association (CFA), está na 6 a posição, bem à frente da de 2003, quando ocupava a 11 a .
O interesse pelo Ragdoll também se verifica pela quantidade cada vez maior de associações especializadas.
Hoje no mundo já somam pelo menos cerca de 20 – uma delas no Brasil: o Clube Brasileiro do Ragdoll, sediado em São Paulo. Foi fundado em 2000,
mesmo ano em que nasceu a primeira ninhada nacional. Quem a promoveu foi a publicitária e criadora Ana Viggiani, do gatil Montana's, de São Paulo.
Ela já havia convivido com um exemplar da raça durante a adolescência, ganho em 1982 de um amigo da família que morava nos Estados Unidos. Em 1997,
com 15 anos, o gato morreu. Pelo que se sabe foi o primeiro Ragdoll a pisar e viver no Brasil. Também foi ele quem despertou em Ana o amor pela raça.
"Resolvi adquirir outro Ragdoll e descobri que não era criado aqui", lembra. Assim, em novembro de 1998, importou um exemplar dos Estados Unidos.
Em dezembro desse mesmo ano, mais um gatófilo trazia seu primeiro Ragdoll, também dos EUA. Era o veterinário Glauco Mello, do Gatil Muntaz-I-Mahal, do Rio de Janeiro.
Além da dupla de criadores, há em nosso país pelo menos mais três pessoas se dedicando ativamente à raça (veja no Para Saber Mais).
E, embora as entidades nacionais não divulguem os registros de nascimentos de maneira sistemática, o que inviabiliza uma avaliação exata da evolução do Ragdoll no Brasil, os criadores são unânimes em afirmar que ele vem se popularizando consideravelmente.
"Todos que criam Ragdolls notam um aumento crescente na procura por filhotes; o público está cada vez mais familiarizado com ele", observa Ana.

ESTILO

Gatos grandes e pesados são sinônimo de temperamento pacato e pouco afeito a atividade física intensa ou prolongada.
Assim é o Ragdoll. Apesar de não liderar o "ranking" dos felinos domésticos no quesito sedentarismo, ele demonstra claramente preferir o repouso a acrobacias, saltos e correrias.
"São gatos calmos, que raramente apreciam agitos por muito tempo", comenta o criador britânico Allen Wells, diretor do British Ragdoll Cat Club.
"De tempos em tempos, brincam um pouco com bolinhas, saltam sobre alguns móveis baixos e já se dão por satisfeitos", acrescenta o criador.
O máximo da atividade que praticam com constância é seguir os donos pela casa.
"Quando chego, todos se levantam para me receber e a partir daí não fico mais sozinha; aonde vou, eles vão atrás", conta Ana.
"Eles realmente se caracterizam por nos seguir por toda a parte; fazem questão de ficar perto da gente e adoram colo e cafuné", completa Mello.
Esse temperamento tranqüilo, companheiro e afetuoso somado ao tamanho grande do Ragdoll rendeu a ele, como salienta Wells, o carinhoso apelido de Gentil Gigante.

Com visitas, esses gatos também costumam ser sociáveis e festeiros. "Não são daqueles que saem correndo para se esconder", compara Ana.
"Se toca a campainha, já vão para porta receber o visitante e logo se esfregam nele", acrescenta Wells.
Às vezes um ou outro exemplar foge à regra, revelando um comportamento mais tímido.

Nem esses, contudo, são assustadiços diante da presença de gente desconhecida.
"Podem não se aproximar imediatamente das pessoas, mas não demonstram medo nem procuram se afastar caso os visitantes cheguem perto deles", pondera Mello.

 

 


 
 
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