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SCOTTISH FOLD
O PRIMEIRO COM ORELHAS INCOMUNS

 

Apresentamos o Scottish Fold, único gato com mutação de orelhas criado no nosso país, e o Pixie Bob de Pêlo Curto, cuja descendência de uma espécie selvagem permanece sem confirmação.

A marca registrada do Scottish Fold são as orelhas dobradas. E nesse quesito ele também é pioneiro. Embora haja pelo menos mais quatro gatos com mutações similares, o Scottish foi o primeiro a ser desenvolvido. Participou até da formação de alguns dos outros. Sua história teve início em 1961, na Escócia, quando um pastor chamado William Ross viu na casa vizinha uma gata branca sem raça definida cujas orelhas pendiam em direção aos olhos. Interessou-se pelo aspecto inusitado da característica e acabou ganhando uma filha da gata que, a exemplo da mãe, tinha a mesma mutação. A partir daí novos interessados passaram a trabalhar no desenvolvimento do Scottish Fold. Exemplares sem raça definida e de British Shorthair foram os mais usados nessa fase inicial da nova raça. Tanto que a principal entidade britânica do segmento, a Governing Council of the Cat Fancy (GCCF), antes de o nome Scottish Fold ser adotado, chegou a registrar alguns dos gatos como variedade de orelhas pendentes da raça British. Mas os criadores do British tradicional não gostaram. O resultado do descontentamento foi que, em 1971, a GCCF deixou de emitir registros para os exemplares de orelhas dobradas. E até hoje não os reconhece, nem mesmo pelo nome de Scottish Fold.
Como acontece com diversas raças, o início do Scottish foi marcado por percalços. Não bastasse a rejeição da GCCF, a criação da raça logo deparou com o aparecimento de exemplares com deformidades ósseas, como engrossamento das pernas e encurtamento da cauda, o que dificultava ainda mais seu reconhecimento por outras entidades. Em 1975, o estudo de um veterinário geneticista da Inglaterra desvendou o mistério. A mutação responsável pelas orelhas pendentes estava envolvida no mal. Uma medida simples, porém, podia evitá-lo: não promover acasalamentos entre dois exemplares de orelhas dobradas. A orientação, seguida até hoje pelos criadores sérios, é que os cruzamentos sejam feitos exclusivamente entre um Scottish Fold de orelhas dobradas e um de orelhas normais (sim, eles existem, mas não participam de exposições) ou, ainda, entre um Scottish Fold de orelhas dobradas e um British ou um American Shorthair, raças com as quais a mistura é permitida.

A problemática foi então contornada. Em 1977, a maior entidade mundial da gatofilia, a norte-americana Cat Fanciers' Association (CFA), concedeu à raça o reconhecimento provisório. E, no ano seguinte, o definitivo.
A criação de Scottish Fold, contudo, ainda apresentava fragilidades. Um novo problema havia se manifestado. Sem razão aparente, constatava-se um alto índice de mortalidade nos filhotes. Na década de 80, pesquisas esclareceram a causa. Quando fêmeas com sangue tipo B geravam exemplares com sangue tipo A, as células vermelhas dos filhotes eram destruídas pelos anticorpos maternos transmitidos pelo colostro. A solução era eliminar ou, pelo menos, reduzir de forma significativa a incidência de sangue B na raça. Os acasalamentos passaram a ser selecionados levando em conta também o tipo sangüíneo dos gatos. Mais uma vez, contornaram o impasse. Hoje o sangue B se restringe a cerca de 15% do plantel de Scottish Fold, e a criação continua atenta para evitar novos surtos de mortalidade. "O segredo é selecionar adequadamente os acasalamentos", aconselha a criadora Stephanie Harpham, dos EUA, presidente do International Scottish Fold Association.

 


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