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PASSEAR DE CARRO

Para as gatas Tina e Magali, as raras saídas de carro são torturantes. "Cada uma já saiu duas vezes de carro, sem a outra, mas ficaram tão apavoradas que nas quatro viagens fizeram cocô dentro do carro", conta a estudante Luísa Almeida, de São Paulo. Leonora Wolter, de São Paulo, teve de levar ao veterinário um gato sem raça definida recém recolhido da rua .
"Ele se encolhia no meu colo, colocava a cabeça embaixo do meu braço e ia chorando o caminho todo, de medo", relata.

Reações mais freqüentes: Vocalizar excessivamente, soltar pêlos, ficar agresivo, urinar e defecar, tentar fugir, se esconder.

O que fazer: "Mantendo o gato dentro da caixa de transporte, acostume-o ao carro aos poucos, com passeios pequenos ou até mesmo com o carro parado e o motor ligado, dando petiscos para agradá-lo", diz Alexandre Rossi. "Se o gato for muito medroso, você pode colocar um pano na frente da grade da caixa e assim isolá-lo do contato com o lado externo".

Quando precisar sair, evite alimentar o gato uma ou duas horas antes da saída se ele já mostrou que costuma enjoar. A caixa de transporte deve ficar presa pelo cinto de segurança, a não ser que o gato seja acostumado a ficar no seu colo, com você viajando no banco de trás. Durante o trajeto, converse com ele para mostrar que está tudo bem.
"O médico veterinário pode, ainda, receitar medicamentos, como calmantes, caso o gato não consiga viajar bem", afirma Rossi. Lembrete: um gato que foi acostumado a andar de carro pode voltar a ficar estressado nas viagens se permanecer muito tempo sem praticar. Nesse caso, é bom repetir a ambientação gradual.

RECEBER VISITAS

"Se percebem que um visitante não é um amigo nosso, e sim algum prestador de serviço, minhas gatas não aparecem até que a pessoa tenha ido embora", conta Luiz. "Uma vez uma delas se enfiou embaixo da máquina de lavar e ficou com a barriga numa poça d'água, até o entregador ir embora. Depois, miou insistentemente". Tanto a protetora de animais Norma quanto a criadora Leonora citaram o mesmo motivo causador de antipatia em seus gatos: a visita que tem uma voz muito forte.
Outra visita nem sempre querida pelo gato que não gosta de ser manipulado é a das crianças curiosas ou sapecas demais.
"O gato precisa de um tempo para ver se pode ou não confiar na pessoa", diz Leonora. Embora existam gatos bastante receptivos a estranhos, muitos já ficam angustiados com o soar da campainha ou até mesmo do interfone.

Reações mais freqüentes: Soltar pêlos, fugir, urinar e defecar fora do lugar.
O que fazer: Deixe os acessos ao esconderijo do gato livres, para ele ter onde se esconder, se quiser. As visitas devem ser orientadas para não dar muita atenção ao gato, não pegá-lo no colo se ele estiver arredio, muito menos olhar fixamente para ele, com os olhos arregalados, ou andar em sua direção - isso pode deixá-lo muito assustado - e nem segui-lo, se ele se esconder, ou pegá-lo quando estiver na caixa de areia.
Uma técnica para criar uma associação positiva do gato com visitas é sugerida pelo comportamentalista Alexandre Rossi: "O gato fica sem comida por algum tempo e, quando as visitas chegam, o dono oferece um petisco a ele - com o tempo, o gato virá até o dono quando chegar uma visita e, posteriormente, até as visitas poderão dar um petisco a ele."
No caso da visita de crianças, é bom conversar com elas antes e explicar que o gato pode se assustar.


SENTIR FALTA DE UM MEMBRO DA FAMÍLIA

Quando um dos donos viaja, as gatas Charlotte e Ed miam apreensivas na porta do quarto.
"Elas já ficam inseguras quando vêem a arrumação das malas", conta Luiz Maciel. As gatas Tina e Magali também sentiram falta da estudante Luísa quando ela passou um ano estudando no exterior.
"Nas primeiras semanas, elas miavam e se esfregavam na porta do quarto da Luísa", conta a irmã de Luísa, Mariana.
Reações mais freqüentes: Vocalizar excessivamente, ter pouca atividade, parar de comer, soltar pêlos.
O que fazer: Intensificar carinhos e mimos (como dar um tipo de biscoito, carne ou ração que você sabe que ele gosta mais, mas só recebe em ocasiões especiais) pode tranqüilizar o gato na ausência temporária de um dono querido.
"Antes da viagem, a separação já pode ser treinada, aumentando gradativamente o tempo em que o gato fica distante da pessoa que viajará", sugere Rossi.
No caso de não se conseguir contornar a ansiedade do gato, há calmantes que podem ser receitados.

MUDAR DE CASA

Trocar de endereço é uma das experiências mais traumáticas para muitos gatos. As reações podem ser extremadas.
"Há fêmeas que entram no cio fora de hora, machos que intensificam o comportamento de territorialidade e até gato que fique gripado ou com micose por causa da mudança", enumera a veterinária Marcia Rizzi. Para o controller Paulo Caprara, dono de Bino, um gato branco e malandro, a mudança de casa foi pior:
"Bino ficou deprimido, quase não se mexia nem miava e um dia sumiu de casa."
Reações mais freqüentes: Vocalizar excessivamente, soltar pêlos, urinar e defecar fora do lugar, esconder-se, tentar fugir, parar de comer.
O que fazer: A ambientação gradativa é o método mais aconselhado.
"Você deixa inicialmente o gato num ambiente pequeno até ele mostrar que se acostumou, ou seja, até ele estar comendo bem e brincando; só depois o introduz num outro ambiente, e assim por diante", explica Alexandre Rossi.

REFORMAR A CASA


Alterações em casa, como a troca de piso ou a pintura das paredes, também fazem o gato sofrer - seja pelo barulho, seja pelo cheiro, seja pela presença de pessoas estranhas.
Para Paulo Caprara, a solução foi deixar o gato Melancia dormindo em seu quarto enquanto a cozinha passava por reforma.
"Ele ficou nervoso com a troca de quarto no começo, mas depois voltou ao normal".
Reações mais freqüentes: Esconder-se, urinar e defecar fora do lugar, vocalização excessiva.

O que fazer: Deixe o acesso ao esconderijo do gato sempre livre. Proporcionar um ambiente para ele que fique no alto também ajuda.
"Se a reforma acontecer no ambiente onde o gato vive, o melhor é mudá-lo para um outro local que seja tranqüilo", diz Rossi.
"É bom lembrar que o 'banheirinho' do gato deve sempre ficar o mais distante possível de onde ele dorme."



 

 


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