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GATA TEIMOSA

Os alemães consideram o German Rex o mais antigo gato Rex do mundo, pois alguns exemplares foram notados no país ainda na década de 30. Mas eles não foram devidamente registrados por causa do caos do período entre guerras. O desenvolvimento da raça só aconteceu após o final da 2ª Guerra Mundial, o que torna o German Rex um contemporâneo de seus "primos" ingleses.
É uma história curiosa, que envolve a persistência de uma médica berlinense, a doutora Rose Scheuer-Karpin, e a teimosia de uma gata.
Tudo começou em 1951, quando a doutora se afeiçoou a uma gata preta, de estranhos pêlos ondulados, que se escondia pelos cantos mais quentes do pátio do hospital onde a médica trabalhava.

Curiosa, a médica levou-a para casa e tentou cruzar a gata, que ganhou o nome de Lämmchen por causa de sua aparência de ovelha, a fim de obter mais filhotes frisados.
Mas Lämmchen "casou" com um gato que não carregava o gene recessivo e, ano após ano, ninhada após ninhada, nenhum outro filhote com a característica da mãe surgiu.
Fiel, a gata se recusava a cruzar com seus filhos machos.

Quando o companheiro de Lämmchen morreu, ela passou quase um ano em resguardo de "viuvez", até finalmente aceitar a corte de um filho macho. Em 1957, então, deu à luz gatinhos com pelagem ondulada e teve começo, assim, a criação de uma nova raça de gatos. Em 1964, ano da morte da matriarca Lämmchen, a raça foi apresentada pela primeira vez numa exposição em Dresden, e muitos exemplares foram levados para a Inglaterra e os Estados Unidos.

A raça é mais popular na Europa e pouco difundida nos Estados Unidos, onde é reconhecida pela Word Cat Federation (WCF), e não pela CFA. No Brasil, o pioneiro na sua criação foi Paulo Ruschi, que mora em Nova York desde 1992 e é vice-presidente da WCF desde sua fundação, em 1988.
Paulo trouxe uma premiada fêmea branca em 1988, Aisha Von Assindia, e um macho vermelho, Phenix Von Bavária. Alguns exemplares de German Rex ainda existem no Brasil, mas não há registro de criação.

De acordo com o padrão aceito pela FIFe, o German Rex deve ter tamanho médio e corpo bem constituído, levemente musculoso, ou seja, é mais forte que os ingleses Cornish e Devon Rex.
O peito é arredondado e as costas, retas. O gato tem também a face um pouco mais arredondada, com bochechas bem desenvolvidas, orelhas grandes e de pontas arredondadas.
O queixo, forte, tem uma pelagem suave na parte inferior, gostosa de ser acariciada. Sua aparência, excetuando a pelagem, é mais próxima da de um gato doméstico. São aceitas todas as cores na raça.
O temperamento é descrito como afetuoso e muito brincalhão, com nível de atividade alto, embora menor que o de seus colegas ingleses.
Cuidar da pelagem do German Rex é fácil: a própria oleosidade da mão ajuda a mantê-la ondulada e brilhando, desde que se acaricie o gato no sentido da cabeça à cauda.
Na parte dianteira do gato, os pêlos são mais finos e macios, engrossando na parte traseira e na cauda. As ondulações também aparecem nos bigodes, tortos ou curvos, às vezes voltados para baixo.

De arame

Depois de ingleses e alemães desenvolverem suas raças rex, um gato de pelagem frisada nasceu numa ninhada de gatos de celeiro em uma fazenda, no Estado de Nova York, em 1966. Só que o felino não era exatamente um rex: seu pêlo era ainda mais crespo e áspero, com aspecto de arame. O batizado evidencia essa característica: a raça passou a se chamar American Wirehair, ou "Pêlo de Arame Americano". Outra diferença fundamental é que a mutação, em vez de ser recessiva, exigindo que ambos os pais tenham pêlos ondulados para nascerem filhotes com a característica, apareceu num gene dominante.
Por isso, a cada nova ninhada destes primeiros gatos acasalados com gatos com pêlos normais, metade dos filhotes nasce com a pelagem frisada.
O American Wirehair tem tamanho médio a grande, cabeça redonda com ossos malares com inserção alta, pernas e corpo musculoso e olhos grandes e redondos.

Apenas um ano depois do surgimento do American Wirehair, em 1967, a CFA passou a registrá-lo.
A raça passou a competir em 1978 e é considerada a terceira nativa a surgir nos Estados Unidos, depois do American Shorthair e do Maine Coon.
Mas, embora seja 100% ianque, o gato não alcançou a mesma popularidade nos Estados Unidos que seus conterrâneos, ou aquela obtida pelos rex: obteve a 39º colocação entre as 40 raças presentes no ranking de registros da CFA, com exatos 39 filhotes novos no ano de 2002.
Dieterich procura promover a raça e incentivar novos criadores. "O American Wirehair vale todo esforço", explica.
"Quando as pessoas o tocam pela primeira vez, levam um susto: o pêlo é macio, mas parece uma mola, devolvendo o toque para a mão", afirma Kitty Dieterich.
"São gatos afetuosos, ativos, que gostam de ser chamados pelo nome e, curiosamente, gostam de brincar na água", complementa o criador norte-americano Gerri Miele.

Gênio frisado


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