Agora você, é uma estrela...

Fábio Siqueira do Amaral

 

Demorei um pouco para criar coragem e escrever...
Hoje, com a alma mais conformada e com a saudade em dobro, tomei ânimo.
Quem nunca sentiu o carinho e o amor que essas criaturinhas de Deus, chamadas de “irracionais”, transmitem aos racionais (ou menos do que os irracionais!), deve achar que minhas palavras serão pura pieguice, falta do que fazer e alto sentimentalismo barato. Lamento muito pelos que assim pensarem com tamanha incapacidade de pensar! Mudem um pouco essa opinião tacanha e pesada. Leiam com muita atenção; tentem sentir um pouco do que sinto. São palavras sinceras
Foi numa manhã, ainda fria, do dia 15 de novembro de 2000, que indo até ao portão da entrada de minha vila, vi que aquela figurinha fofinha, pequenina, também olhava para mim.
Soltando miadinhos curtos, e numa corrida inteiramente infantil, veio em minha direção. Tomei aquele punhadinho de pêlos em meus braços. Pesava quase nada.
Ele ou ela – ainda não sabia o que era – aninhou-se entre minhas mãos. Lindo! Olhos azuis acinzentados... Cor, depois definida como “champagne”... Que poderia eu fazer? Adotei-o e levei-o para dentro de minha casa.
Lá, já morava o Juninho. Preto e branco, olhos verdes, muito ciumento. Não gostou nada do companheirinho.
Anotei como 15/11/2000 a data do seu nascimento e coloquei-lhe um nome: DANILO.
Alguns dias depois, apareceu outro animalzinho abandonado. Dessa vez era uma gatinha preta e branca e de linda cauda fofa. Adotei também: SARITA, foi o seu nome.
No dia de Natal, desse mesmo ano, o Juninho morreu.
Danilo e Sarita eram parceirinhos inseparáveis. Vacinados, bem cuidados, cresceram. A lua-de-mel dos dois, foi em minha cama – comigo dormindo ao lado!!!
Cinco filhotinhos começaram a vir ao mundo às 0,08h de 8.8.2001!
Sarita e três deles morreram dias depois... Muita tristeza.  Ficaram Danilo e seus dois filhos: Domingos de Gusmão e Zoinho.
Danilo companheiro inseparável, amigo de todas as horas. Calmo, amável, educado por livre iniciativa, reconhecido, carinhoso e apaixonado pelo seu “papai” – ou seja, por mim.
Adorava comer a ração na palma de minha mão.
Às vezes até exigia isso. Ele tinha esse direito, oras! Quando me sentava para ver TV, ele vinha, saltava para a poltrona e ajeitava-se sobre meus joelhos.
Aninhava-se em minha cama, até roncava de tanto prazer por dormir juntinho de quem ele amava, e de quem ele sabia que lhe amava também.
Na hora do almoço – mesmo com visitas – ele, sem a menor das cerimônias, saltava para a mesa, no lado ocupado por mim, e esperava que lhe desse qualquer petisco.
Qualquer coisinha servia para ele. Mesmo que ele não gostasse. Parecia querer ver o que o “papai” dele iria comer. Depois saltava para o chão e ia para a janela tomar sol.
Como não sentir saudades dele?

Parece-me ainda vê-lo, lindo, pomposo, majestoso, a caminhar pela casa toda.
Tinha toda confiança em mim. Sabia que era amado e retribuía com todo afeto que possuía no seu coraçãozinho de felino.
Pergunto: Será que o tal “Ser Humano” sabe amar assim? Duvido e duvido muito! Pois, do contrário, nenhum ser humano simplesmente usaria o outro ser humano de forma tão egoísta.
Quantos casais já vi separando-se! Quantos pais abandonando filhos! Quantos filhos odiando pais! Meu Deus! Por que esses seres humanos não agem com a lógica dos animais?
Foi no dia 9 de agosto de 2008 que o Danilo foi embora.
Foi para o descanso aqui mesmo, em casa, às 21,30h... Sua cabecinha apoiada em minha mão, soltou o último suspiro.
Que dor! Que dor! Fechei-lhe os olhinhos e a boquinha. Parecia dormir...
Ah! Meu Danilo... Que saudade...
Nós que ficamos, lembramos de você com muito carinho.
Seus filhinhos Dominguinhos e Zoinho, seu querido amigo Luján... até o capetinha do King, acredito, que até hoje sentem sua falta.
Danilinho está sepultado em meu quintal, ao lado de um pequeno pé de limão que lutou para sobreviver, e está vencendo a batalha.
Deixo aqui meus sentimentos com palavras muito claras e sem nenhum constrangimento:



Ele as vezes, exigia.. que seu papai desse comida em sua linda boquinha...

DANILO, MEU DOCE FILHOTE! JAMAIS VOU ME ESQUECER DE VOCÊ, MEU AMIGUINHO QUERIDO.
NUNCA DEIXAREI DE LHE AMAR. AGORA, DURMA QUIETINHO E DESCANSE FELIZ.
SEU OUTRO NOME É AMOR, CARINHO, DEVOÇÃO, RECONHECIMENTO.
E muitos poderão dizer: Era um simples gato... E eu digo: que o tal “ser humano” também aprenda, sem perda de tempo, a ser tão simples como ele foi.
Só desse jeito a humanidade poderá crescer e ser feliz.


fabio_siqueira_amaral@yahoo.com.br



Pri e Danilo.. agosto/2008

O que dizer deste meu amigo/anjo/pop star? que a saudade é muito grande... ele é.. um ser intergaláctico... um DEUS... Magestade...
Enquanto esteve entre nós.. trouxe-nos muita alegria.. seu olhar dizia tudo.. calmo, amoroso..

As lágrimas rolam.. quase não consigo vê-lo na tela do meu computador..
Danilinho.. NUNCA te esquecerei.. e assim, que nos encontrarmos.. levarei toneladas de peito de perú para você..

Sei que não preciso te pedir para se comportar, no céu dos gatinhos.. por que você é um lord... é só a gente olhar para sua carinha.. que sentimos a sua docilidade... I WILL LOVE YOU FOREVER....

A partir desse momento, por toda minha vida
Eu vou te amar, te prometo isso ...
Não tem nada que eu deixe de dar
A partir desse momento
Eu vou te amar por toda a minha vida
A partir desse momento para sempre
A partir desse momento eu fui abençoada
Só vivo para sua felicidade
E pelo seu amor dou meu ultimo suspiro
A partir desse momento para sempre
Te dou a minha mão com todo o meu coração
Mal posso esperar para viver ao seu lado, mal posso esperar para comecar
Nos nunca vamos nos afastar .
Meus sonhos se realizaram por sua causa

(Shania Twain/tradução: From this moment on..)

O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pêlo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.

Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico.

É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso faz ronron
para mostrar gratidão.

No passado se dizia
que esse ronron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.

Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ronron em seu peito
não é doença - é carinho.

 

 

hora do lanche puro charme

See you...