Depois de... em vinte dias ficar sem meus pequenos... ( Enzo e Fredinho), a casa tornou-se vazia. Tamanho o espaço que a presença e o amor deles, ocupavam. Queria eu ser forte, mas tinha vazias as minhas mãos. Não costumo questionar Deus.

Nele tenho direcionada a minha fé e confiança. Com os meninos, meus filhos, casados... era estranho o silencio da casa. Tenho um certo inquieto interior, se fico com sentimento represado, sem poder sentir vida. Precisava sair e dar carinho aos pequenos que encontrava, ainda assim, seguia inquieta.

Então... tomei uma decisão: mudar de casa, viajar.

Sem muito dar tempo para indecisões, fui conhecer Juazeiro do Norte, Ceará. O calor e costumes diferentes, causaram-me estranheza. Mesmo sendo eu, nordestina. Dez dias depois da minha chegada e a vontade de ir para outro lugar, começava a falar alto dentro de mim... ainda assim, algo me fazia ficar.

Três meses depois e com muitos escritos, pois meu inquieto... só escrevendo encontrava acomodação... na manhã do dia três de outubro, uma cena que vai ficar gravada para sempre em mim. Na distancia, vi um cão com algo na boca... não pude identificar, e tentei chegar mais perto.

Então percebi que se tratava de um filhote, e ela... era uma cadelinha em trabalho de parto. 

Precisava fazer algo... para ajudá-la. Tinha um horário a ser cumprido, mas voltei no meio do caminho, pois não conseguia esquecer o que havia visto. Foi Deus que me guiou naquele momento. A cadelinha buscara refugio em um portão que encontrara aberto. Como toda mãe lutava para defender sua cria... em nada fora entendida. E, na minha chegada encontrei-a bastante machucada, lutando bravamente. A dor que ela sentia naquele momento era minha também...
Foi tão descabido tudo que ouvi... que para não relembrar o sofrimento, não vou relatar. O importante era salvá-la.

Precisava fazer algo... para ajudá-la. Tinha um horário a ser cumprido, mas voltei no meio do caminho, pois não conseguia esquecer o que havia visto. Foi Deus que me guiou naquele momento. A cadelinha buscara refugio em um portão que encontrara aberto. Como toda mãe lutava para defender sua cria... em nada fora entendida. E, na minha chegada encontrei-a bastante machucada, lutando bravamente. A dor que ela sentia naquele momento era minha também...
Foi tão descabido tudo que ouvi... que para não relembrar o sofrimento, não vou relatar. O importante era salvá-la.

Ajudada por Anjos Bons... porque Deus sempre os envia... Já que não conhecia veterinário nem clinica que fizesse o resgate e o procedimento necessário... Eu também não podia me ausentar, temia que a mão desumana que tanto a machucara, continuasse. Precisava ficar com ela até a chegada do veterinário... o que só aconteceu três horas depois. Eu já sentia por ela carinho e admiração.

Uma guerreira maravilhosa que começava a conquistar-me por sua valentia. No dia seguinte... o veterinário a entregou na minha casa... com seis filhotes lindos. De menina... passei a chamá-la de Ninna. Mesmo com todo carinho, ela não confiava em ninguém.

Eu a entendia. A dor ainda era muito grande... até que os ferimentos cicatrizassem... Os dias foram passando... já somavam quinze dias e ela por duas vezes tentou morder-me.

Meus filhos ficaram receosos. Ela estava cada vez mais arredia. Avançou para mim outras duas mais. Eu não sou de desistir, não a entregaria para ninguém. E na quinta vez que ela avançou, a minha reação foi sentar e chorar. A Ninna veio e me olhou com espanto, se aproximou, levantou a cabeça e lambeu meu rosto. A minha menina que só andava de cabeça baixa, mostrando os dentes, levantou a cabeça.

Abracei-a sem medo e nunca mais ela teve nenhuma reação agressiva. Hoje... somos grandes amigas. Já não tenho as minhas mãos vazias. Ninna é educada, atenciosa, alegre, companheira de verdade. Ela é com certeza... um presente que Deus me enviou. E eu só tenho a dizer: Obrigada Deus... Amém!
PS: Tenho mais: Flica, Yucca, e Gigi... que são filhas de Ninna. E o Tonny... que ganhei na páscoa, passada.

Donna Boris

EMOCIONANTE DEPOIMENTO. O site Petbrazil, precisa de mais estórias assim. Obrigada Srª Poetis@.

 

 

 
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