• Do Lobo ao Cão
 

 

Há mais de dez mil anos, o homem foi buscar à selva aquele que seria o seu primeiro animal doméstico, o lobo. No início, este continuava a ser apenas um animal selvagem domesticado. Com o tempo, através de um longo processo de domesticação, o lobo transformou-se em cão.  Neste processo, combinaram-se dois factores que permitem a relação privilegiada que faz do cão o nosso animal doméstico mais próximo: por um lado, a dependência do homem, resultante da domesticação: por outro, os comportamentos sociais, herança do lobo que continua viva no cão.
Tal como o lobo, o cão está estruturado para viver em grupo. Isso significa que está preparado para se integrar num grupo social, aceitando as regras necessárias à vida em comum. Assim, um desenvolvimento saudável do cão requer um contacto próximo com os seus “companheiros de matilha”, isto é, os seres humanos com quem vive; o cão necessita igualmente de receber os cuidados e executar as ocupações adequadas à sua espécie e raça. Nestas condições, não terá dificuldade em aceitar um “chefe de matilha humano”.
Está disposto a assumir a responsabilidade de um cão, quer perante o próprio animal, quer perante as outras pessoas, durante um período de dez ou mais anos? Não se pode simplesmente vender o cão ao fim de alguns anos, se ficar farto dele, o animal não aguentaria.
Está disposto a dedicar grande parte do seu tempo livre ao animal, a levá-lo a passear, quer chova ou faça sol? A gastar com ele o tempo necessário ao treino e às ocupações adequadas e indispensáveis a uma convivência harmoniosa?

A manutenção de um cão é dispendiosa. Ao preço de compra, que varia em função da raça escolhida, acrescentam-se os custos da alimentação e material, como coleiras, trelas, cesto e brinquedos. Há ainda que ter em conta a taxa municipal, o seguro de responsabilidade civil e o microchip. Por fim, não podemos esquecer as despesas do veterinário: o animal terá de ser vacinado e desparasitado com regularidade. Em caso de doença ou de uma eventual operação, os custos ascendem facilmente a várias dezenas se não mesmo centenas de euros. E durante as férias? Se não puder, ou não quiser, levar o seu cão consigo, terá de encontrar alguém que se disponha a cuidar dele e que o saiba fazer, ou então a alternativa será sempre um hotel canino o que vai levar a gastar mais dinheiro. O tipo de casa é igualmente importante em termos de escolha da raça do animal: cães grandes e pesados não são apropriados a um apartamento, sobretudo se o prédio não tiver elevador. Por um lado, a subida e descida constante das escadas acaba por ter reflexos nocivos nas articulações do cão, por outro, em caso de doença ou ferimento, o animal poderá ficar temporariamente impossibilitado de subir escadas. Assim se mora num andar, não deverá escolher um cão no qual não consiga pegar ao colo.

Agradeço a revista portuguesa pela colaboração de matérias e imagens.

Site: www.mundodosanimais.pt


 
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